domingo, 31 de julho de 2011

Novo bispo de Campos toma posse com missa festiva

Tomou posse na manhã deste sábado, dia 30 de julho, o novo bispo da Diocese de Campos dos Goytacazes, Dom Roberto Francisco Ferrería Paes.

A cerimônia de posse canônica foi realizada no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com transmissão ao vivo para todo o Brasil pela Rede Vida de Televisão.

Autoridades religiosas estiveram presentes, entre elas, a do arcebispo da Arquidiocese de Niterói, dom Alano Maria Penna e da Arquidiocese do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, além de vários bispos do Regional Leste I, sacerdotes, religiosas, uma expressiva presença de fiéis dos 17 municípios do norte e noroeste fluminense, e da Arquidiocese de Niterói, onde dom Roberto Francisco esteve nos últimos anos com bispo-auxiliar.

Entre as autoridades civis, foram registradas as presenças do vice-prefeito de Campos dos Goytacazes, doutor Chicão, do presidente da Câmara de Vereadores, Nelson Nahim, da prefeita do município de São João da Barra, Carla Machado, secretários municipais e autoridades militares.


Carreata abre início das festividades

Uma grande carreata foi preparada para saudar a população da Diocese de Campos o anúncio da chegada do novo bispo. Dom Roberto Francisco participou em carro aberto abençoando os fiéis, na chegada ao santuário, o novo bispo recebeu inúmeros abraços de boas-vindas dos presentes e religiosos.


Missa de posse canônica

Com a igreja completamente lotada, dom Roberto Francisco, foi aclamado de pé ao entrar no recinto ao lado de dom Roberto Gomes Guimarães, e do arcebispo de Niterói, dom Alano Maria Penna. Já no altar, dom Roberto Guimarães, foi mais uma vez aplaudido pelos fiéis, emocionado agradeceu o gesto de carinho e acolhida.

Em seu discurso de posse, dom Roberto Francisco, ressaltou a importância do pastoreio desempenhado pelo se sucessor, dom Roberto Guimarães ao longo dos últimos 15 anos, frente a esta diocese e de maneira humilde pediu apoio e as orações de toda “família” da Diocese de Campos, para que ele possa prosseguir firme na fé o seu pastoreio que está apenas começando.

Ao final da celebração, o novo bispo dirigiu-se para a frente do altar para os cumprimentos a todos que participaram da santa missa.

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Mensagem de Início de Episcopado ao Povo da Diocese de Campos

Desejo desde o início de meu episcopado, missão de unidade e serviço ao Povo de Deus, manter uma cordial, paterna e solícita comunicação e diálogo com todos os setores e pastorais da Igreja e também com todos os segmentos da sociedade civil, tornando-me um instrumento de agregação, de reconciliação e de paz. Aliás é esta a frase bíblica que inspirou a Bula papal de nomeação: “ Irmãos, alegrai-vos, sede perfeitos, exortai-vos uns aos outros, tende o mesmo sentimento, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” ( 2Cor 13,11 ).

O Santo Padre citando o apóstolo das gentes nos conclama à unidade e a paz. Unidade que parte da comunhão missionária trinitária e que deve levar a uma pastoral de conjunto (não um conjunto de pastorais) orgânica, articulada, e participativa conjugando esforços, empenhos e recursos para uma Nova Evangelização. Paz que é um dom do Espírito Santo que não consiste em ausência de conflitos, mas na afirmação convicta da justiça e da verdade, da caridade e a liberdade, os quatro pilares da paz segundo a Pacem in Terris de João XXIII. Paz que exige o reconhecimento pleno da dignidade da pessoa, e o respeito a seus direitos, paz que nos leva a defender a vida humana a em todas as suas etapas, a vida no planeta, a família como instituição de direito divino e a liberdade religiosa.

Espero contar com todos, os presbíteros como meus colaboradores imediatos, irmãos no sacerdócio, os diáconos permanentes sinais do serviço-doação, os consagrados/as com os seus carismas e formas, o laicato que anseio vê-lo mobilizado, adulto, protagonista da missão eclesial no mundo. Merecerão destaque as famílias, os jovens, as crianças e os cinco rostos da pobreza citados pelo Documento de Aparecida: migrantes, moradores de rua, encarcerados, tóxico-dependentes e excluídos.

Não estou partindo de zero, seis grandes bispos me precederam, dando um perfil a esta diocese confirmando na fé ao Povo de Deus a eles confiado, caminhando na sequela do Santíssimo Salvador. Agradeço especialmente a Dom Roberto Guimarães a acolhida fraterna, carinhosa e sem dúvida generosa que me dispensou, será sempre um amigo e valioso colaborador.

Deus seja louvado

Dom Roberto Francisco Ferrería Paz
Bispo da Diocese de Campos – RJ

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CARACTERÍSTICAS GERAIS DA DIOCESE DE CAMPOS

A Diocese de Campos, que pertencente à Província Eclesiástica de Niterói (RJ), foi criada a 04 de dezembro de 1922, pela Bula "Ad Supremae Apostolicae Sedis Solium" do Papa Pio XI, com território desmembrado integralmente da então Diocese de Niterói.

A Diocese de Campos, nos seus 89 anos de existência, foi governada pelos bispos: dom Henrique César Fernandes Mourão (1925-1935); dom Otaviano Pereira de Albuquerque (1935-1949); dom Antônio de Castro Mayer (1949-1981); dom Carlos Alberto Etchandy Gimeno Navarro (1981-1990); dom João Corso (1990-1995); e dom Roberto Gomes Guimarães (07/01/96 a 07/06/2011).

Está situada ao Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, fazendo limites com o Oceano Atlântico; Dioceses de Cachoeiro de Itapemirim (ES), Caratinga (MG), Leopoldina (MG) e Nova Friburgo (RJ). Sua superfície é de 12520,5 Km2 e uma população estimada em 980 mil habitantes.

É integrada pelos municípios de Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São João da Barra, Varre-Sai, São Francisco do Itabapoana e São José de Ubá

A Diocese tem como padroeiro o Santíssimo Salvador. A 1º de maio de 1982, foi consagrada a São José e a 13 de janeiro de 1988 ao Imaculado Coração de Maria, por dom Carlos Alberto Etchandy Gimeno Navarro.

A Diocese de Campos conta com aproximadamente 71 presbíteros diocesanos, - 16 presbiteros religiosos, 14 comunidades religiosas, 11 comunidades de leigos consagrados, 49 Paróquias, 622 comunidades (Capelas), 1.500 catequistas, 24 comissões diocesanas de pastoral e 11 movimentos de apostolado leigo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Presbítero de Petrópolis é elevado ao episcopado

Mais um presbítero do Regional Leste 1 é elevado ao episcopado. Nesta quarta-feira, 27 de julho, o papa Bento XVI nomeou o padre Gilson Andrade da Silva, 44 anos, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Salvador, na Bahia. Ele é reitor do Seminário Nossa Senhora do Amor Divino, da Diocese de Petrópolis (RJ).

Nascido no Rio de Janeiro, no dia 11 de setembro de 1966, monsenhor Gilson foi ordenado padre em 4 de agosto de 1991. Cursou filosofia no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, em Petrópolis, e teologia na Universidade de Navarra, na Espanha, tendo sido aluno do Colégio Eclesiástico Internacional Bidasoa (Pamplona, Espanha).

Com mestrado em teologia pela Pontifícia Universidade della Santa Croce, em Roma, monsenhor Gilson foi vice-reitor do Seminário Nossa Senhora do Divino Amor, de Petrópolis; vigário paroquial da paróquia Sant’Ana e São Joaquim, em Petrópolis; professor no Seminário e na Universidade Católica de Petrópolis; diretor do Instituto de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Católica de Petrópolis.

Atualmente, monsenhor Gilson é reitor do Seminário, membro do Conselho Pastoral Diocesano, do Colégio de Consultores e da equipe de coordenação diocesana do Plano Pastoral de Conjunto e da Missão Popular, coordenador diocesano da Pastoral da Juventude e presidente da Associação Mantenedora das Faculdades Católicas Petropolitanas (UCP).

Segundo a assessoria de comunicação da Arquidiocese de Salvador, monsenhor Gilson será ordenado bispo no dia 24 de setembro, às 10h, na Catedral de Petrópolis. Sua chegada a Salvador será no dia 8 de outubro.

Papa transfere Dom Manoel para Petrolina

Na manhã desta quarta-feira, 27 de julho, o papa Bento XVI nomeou dom Manoel dos Reis de Farias novo bispo da Diocese de Petrolina (PE), transferindo-o da Diocese de Patos, na Paraíba.

Ele sucede a dom Paulo Cardoso da Silva, 76 anos, que teve seu pedido de renúncia aceito pelo papa, por limite de idade, conforme o Cânon 401 § 1º do Código de Direito Canônico.

Dom Manoel, que tem como lema episcopal "Servir na unidade", pastoreava a Diocese de Patos desde 1º de dezembro de 2001. Será o sétimo bispo diocesano de Petrolina, desde a sua criação, em 1923.


Perfil de Dom Manoel

O novo bispo de Petrolina, dom Manoel dos Reis de Farias, nasceu no dia 23 de abril de 1946, em Orobó (PE). Cursou o primeiro e segundo graus no Colégio Pio XII, dos Irmãos Maristas, em Surubim (PE). Estudou filosofia no Instituto Estrela Missionária em Nova Iguaçu (RJ) e teologia no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, concluindo o mesmo na Escola Teológica do Mosteiro de São Bento, em Olinda (PE). Em Orobó (PE), foi ordenado presbítero em 6 de janeiro de 1983.

Na Diocese de Nazaré, como presbitero, foi reitor da Casa de Formação dos Seminaristas (1985-1986), vice-reitor do Seminário (1987), pároco da Paróquia São Sebastião em Machados (1988-1990), pároco da Igreja Divino Espírito Santo em Pau de Alho (1990-2001), diretor espiritual dos seminaristas maiores (1990-2001), e membro do Conselho Presbiteral e do Colégio dos Consultores.

Em agosto de 2001, foi nomeado bispo da Diocese de Patos e recebeu a ordenação episcopal no dia 10 de novembro do mesmo ano. Tem especialização em Direito Canônico, formado pelo Instituto Superior do Rio de Janeiro, filiado à Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma


Homem de Deus

Manoel dos Reis de Farias nasceu em uma região chamada Serra Verde, encravada na zona rural do município de Orobó – no Estado de Pernambuco, em 23 de abril de 1946. Não chegou a conhecer sua mãe, Josefa, a qual tinha o apelido carinhoso de Zinha, tendo em vista que a mesma faleceu quando ele ainda era criança. Pela pouca idade, não conseguiu guardar nenhuma imagem da genitora, destacando apenas a sua estatura baixa, com base em informações de terceiros. Severino Francisco Alves, o seu pai, desnorteado com a morte da esposa, ficou apenas alguns meses em companhia dos três filhos, decidindo contrair novo matrimônio, passando a residir na região do Brejo Paraibano, precisamente no município de Campina Grande, e deixando a criação do trio a cargo da avó Bevenuta, também conhecida por Saduta ou Dona Duta. Na condição de caçula, Manoel sempre teve um carinho especial, inclusive, com relação aos estudos. Se por um lado trabalhava na agricultura de subsistência, por outro, tinha assegurado o horário da escola. Relembra que poucas eram as pessoas que na época gozavam de tal privilégio, ao ponto de se destacar entre os meninos de sua idade, pelo simples fato de saber ler e escrever alguma coisa.


Porque o nome: Manoel dos Reis de Farias

Tradicionalmente estamos ligados aos nossos genitores a partir da família expressa na denominação, no entanto, o jovem em destaque teve mais uma particularidade curiosa. Tudo aconteceu quando se dirigiu ao cartório para a emissão do registro, objetivando se habilitar ao primeiro voto e no espaço reservado ao pai foi preenchido apenas Severino, já que ninguém tinha conhecimento do seu sobrenome e paradeiro. Decidiu-se pela referência do avô materno Pedro Joaquim de Farias e tios, também por parte de mãe, que assinavam com “dos Reis”. Manoel só veio a conhecer o seu pai, com sete filhos da segunda família, na véspera da ordenação, quando descobriu que o mesmo residia na Rainha da Borborema.


De onde surge o desejo de servir a Deus

Instado a falar sobre os aspectos da vocação, afirma que tudo começou aos 12 anos, quando ainda no curso primário a professora de religião, de nome Judite, sempre falava do desejo de ver um dos seus alunos padre. Inspirado em um colega, que por sinal era sobrinho da docente, mesmo sem saber o que significava tal missão, Manoel chegou a fazer a promessa. Aquele acontecimento provocou uma constante cobrança, paralela aos estímulos, o que aos poucos enraizava um futuro promissor no trabalho da Igreja Católica. Outro ponto forte aconteceu em um determinado dia, quando acompanhava uma celebração através do rádio. O sacerdote falava sobre a escassez de apóstolos de Deus, apelando às comunidades que implementassem ações capazes de ampliar o número de padres, momento em que era registrado o toque definitivo, para a concretização de um destino. Manoel dos Reis de Farias, aos 17 anos, já estava decidido sobre o seu futuro. Pouco tempo depois, ingressou no Seminário, onde continuou os estudos sendo ordenado sacerdote no dia 6 de janeiro de 1983.


Sagração em Nazaré da Mata

Milhares de pessoas se concentraram na praça da Catedral de Nazaré da Mata - Pernambuco, no dia 10 de novembro de 2001, para acompanhar a sagração de Dom Manoel dos Reis de Farias, presidida pelo Dom Jorge Tobias de Freitas. A posse como pastor diocesano de Patos aconteceu em primeiro de dezembro de 2001, com início às 16 horas, durante uma grande solenidade no Estádio Municipal José Cavalcante. A recepção, no entanto, ocorreu no início da manhã na cidade de Junco do Seridó, onde ele foi saudado pelo pároco e prefeito e em seguida rumou para Santa Luzia, oportunidade em que uma multidão o aguardava. Após uma parada rápida em São Mamede para cumprimentar fiéis que se concentravam na rodovia a comitiva se destinou à cidade de Patos. A partir do Posto Tigrão, uma grande carreata se dirigiu à Catedral de Nossa Senhora da Guia para a primeira manifestação de boas vindas ao atual bispo diocesano.

Dom Manoel tem levado a efeito um trabalho profícuo, constituído na humildade, com mudanças significativas. A descentralização e rodízio têm contribuído decisivamente para a ampliação das ações de evangelização dos que compõem a área de atuação da Diocese de Patos. Com sua simplicidade e modo pacato de proceder vem cativando um lugar de destaque no coração dos sertanejos.


Patos: 10 anos de bons serviços

Sucedendo o governo de Dom Gerardo Andrade Ponte, em 2001, Dom Manoel conquistou o povo paraibano de Patos com o seu jeito simples e amigo de ser. Diariamente entra em contacto com os diocesanos através do programa semanal Palavra de Fé, transmitido semanalmente pela rádio Espinhara AM e FM, esta última conquistada durante o seu episcopado.

Preocupado com o consumo alto consumo de drogas, por jovens da região, incentivou a instalação de uma unidade da Fazenda Esperança no território de sua diocese. Para isto contou com o apoio do governo paraibano e dos fundadores da instituição: Frei Hans Stapel e Nelson Rosendo.

A formação dos sacerdotes também marcou a sua ação episcopal, tendo ordenado mais de quinze jovens, durante o seu episcopado. O aumento do número de padres possibilitou a criação de mais de 15 paróquias. Além de padres o bispo ordenou também diáconos permanentes.

Em 18 de maio de 2003, Dom Manoel abençoou a pedra fundamental do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Patos. O empreendimento é uma iniciativa do padre Jair Jacó Tomasella e pretende ser o maior santuário do Nordeste.

A escolha de um novo bispo para Petrolina acontece no ano em que se celebra o octogésimo ano de falecimento do seu primeiro bispo, Dom Antônio Maria Malan.