domingo, 14 de agosto de 2011

Dom Orani abre Semana da Família na Arquidiocese do Rio

Os novos presbíteros da Arquidiocese do Rio de Janeiro, ordenados no último dia 6 de agosto, voltaram ao Seminário São José para agradecer a todos aqueles que os ajudaram a alcançar a graça do sacerdócio.

A celebração eucaristica, presidida pelo arcebispo dom Orani João Tempesta foi realizada neste sábado, 13 de agosto, na Igreja da Irmandade de São Pedro, no Rio Comprido. Entre os concelebrantes, os neo-presbíteros, o reitor do Seminário, cônego Roque Costa Souza e os presbíteros integrantes da equipe formadora.

O arcebispo abriu em esfera arquidiocesana a Semana Nacional da Família, que acontecerá de 14 a 20 de agosto, com o tema: "Família, Pessoa e Sociedade". A reflexão sobre a importância da vocação familiar também prepara os fiéis para o Encontro Mundial das Famílias, que será realizado de 30 de maio a 3 de junho de 2012, em Milão, na Itália, e terá como tema: “Família, Trabalho e Festa”.

- É uma ocasião importante para manifestar nossas convicções sobre a importância da família por onde passa o “futuro da humanidade” assim como o nosso compromisso do testemunho cristão familiar num tempo de mudanças e transformações, afirmou.

Com um número expresivo de integrantes da OVS (Obra das Vocações Sacerdotais), a celebração foi ainda marcada com as nomeações dos neo-presbíteros.

- Também coloco como intenção desta missa, a Jornada Mundial da Juventude, pelos vários jovens que já estão em Madri na pré-Jornada e pelos que ainda chegarão para o encontro com Cristo, junto com o Papa Bento XVI. Nós nos unimos a eles e pedimos que, “firmes e enraizados em Cristo”, possam transformar o mundo, através da vida cristã, sendo “fermento no meio da massa”. Rezamos para que aqueles que foram designados para viver esse momento sejam os representantes dos demais jovens que aqui vão permanecer, motivou dom Orani, na saudação inicial da celebração.

O arcebispo também reforçou o convite para que os jovens, que não poderão viajar para Madri, participem da vigília que acontecerá no próximo sábado, dia 20 de agosto, a partir das 22h, no Maracanãzinho.


“Dependência e confiança em Deus vão guardar nosso pastoreio”

- “Guardai-me ó Deus, porque em vos me refugio, meu destino está seguro em suas mãos” (Sl 15), assim começou a homilia ministrada pelo padre Antônio José dos Santos. O presbítero, recém ordenado, reforçou a importância de aprender a depender mais de Deus, como as crianças, citando o Evangelho do dia (Mateus 19, 13-15).

- Nossa meta é o céu e, na liturgia de hoje, Jesus nos ensina que o céu pertence aos que, como as crianças, têm um olhar limpo e um coração sem complicações. A dependência e confiança em Deus foram as duas colunas que sustentaram a nossa vocação, durante os oitos anos de formação no Seminário. E são elas que devem guardar o pastoreio que teremos pela frente.

A importância de servir somente a Deus e não adorar a falsos deuses, destacada na leitura do Livro de Josué (24, 14-29), foi reforçada pelo padre Antônio como sendo a prática devida do povo escolhido. Segundo ele, para alcançar o Céu é preciso servir e obedecer verdadeiramente ao Senhor.

- Servir ao Senhor significa não ter o coração dividido. Não podemos amar ao Deus único e a outros deuses, isto é, às paixões que nos aprisionam, alertou o presbítero.

Padre Antônio José também reconheceu o empenho e o precioso auxílio prestado pelos benfeitores do Seminário, para que o “querer de Deus fosse realizado” na vida deles.

- Nós recebemos uma missão que deve ser vivida em benefício do povo de Deus. Olhando para a nossa história e, principalmente, pelo surgimento da nossa vocação sacerdotal, também podemos dizer: “Foi Deus quem realizou esses grandes prodígios diante de nossos olhos, e nos guardou por todos os caminhos por onde peregrinamos e no meio de todos os povos pelos quais passamos”. Pedimos que continuem orando por nós, para que sejamos fiéis a Deus e, um dia, também nos encontremos em nossa “Terra Prometida” que é o Reino dos Céus.

No final da ação de graças, realizada tradicionalmente uma semana após as ordenações, dom Orani abençoou as medalhas dos novos membros da OVS (Obra das Vocações Sacerdotais), que foram entregues aos integrantes pelos padres recém ordenados.


Confira as novas funções e para onde foram designados os novos padres:

Padre André Zhao Delei – Vigário Paroquial na Paróquia Santa Clara,em Guaratiba.

Padre Antonio José dos Santos – Vigário Paroquial na Paróquia São João Batista, na Vila São João, em Campo Grande.

Padre Arisio Moreira Taylor Junior - Vigário Paroquial na Paróquia Santa Rosa de Lima, em Jardim América.

Padre Cláudio Antonio Soares – Vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, em Senador Camará.

Padre Diogo Rodrigues Oliveira – Vigário Paroquial na Paróquia Cristo Operário e Santo Cura d’Ars, em Vila Kennedy.

Padre Pedro Li Tiangang – Vigário Paroquial na Paróquia na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Grajaú.

Padre Roberto dos Santos Pereira – Vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Laranjeiras.

Padre Rogério Costa Félix – Administrador Paroquial da Paróquia São Judas Tadeu, em Senador Vasconcelos.

Padre Thiago de Carvalho Humelino – Vigário Paroquial na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Pedra de Guaratiba.

Padre Walter Vieira Neto – Vigário Paroquial na Paróquia São Brás, em Madureira.

Padre Wellington Gusmão Mendes – Vigário Paroquial na Paróquia Ressurreição, em Copacabana.

-------------------

Texto: Cláudia Brito
Foto: Carlos Moioli

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Diáconos do Rio de Janeiro celebram festa de São Lourenço

Os diáconos permanentes do Rio de Janeiro se reuniram na noite desta quarta-feira, 10 de agosto, para celebrar a festa do padroeiro, o diácono e mártir São Lourenço.

Presidida pelo arcebispo dom Orani João Tempesta, a celebração foi realizada na Paróquia São Lourenço, em Bangu. Para homenagear os diáconos permanentes e familiares presentes, os jovens da comunidade paroquial encenaram a vida do santo padroeiro. A Orquestra São Lourenço, composta por membros da comunidade, também fez uma apresentação.

Entre os concelebrantes, estavam o vigário episcopal do Vicariato Oeste, monsenhor Luiz Artur Marques de Barros Falcão, o pároco, padre Marcelo Batista de Araújo, e o diretor da Escola Diaconal Santo Efrém e coordenador da Comissão Arquidiocesana para o Diaconato Permanente, padre Jorge André Pimentel Gouvêa.

O Evangelho do dia, sobre a parábola da "semente que cai na terra, germina e dá frutos", foi proclamado pelo diácono permanente Faustino de Jesus Ferreira. Na homilia, dom Orani destacou a vida de São Lourenço, o diácono de coração aberto e generoso que não teve medo de entregar a sua vida por causa do Reino de Deus.

Os diáconos permanentes são homens casados que receberam o sacramento da Ordem, em seu primeiro grau. A eles compete administrar os sacramentos do Batismo e do Matrimônio, distribuir a Eucaristia e ministrar a bênção litúrgica com o Santíssimo Sacramento, presidir a celebração da Palavra de Deus, administrar os sacramentais, oficiar exéquias e dedicar-se ao serviço aos pobres. Os diáconos são membros do clero, que também pertencem à hierarquia da Igreja.

- O próprio termo diaconia já expressa que o diácono é aquele que serve e configura-se ao Cristo Servo que “não veio para ser servido, mas para servir”. O diaconato expressa-se em três dimensões: o serviço da caridade, o serviço da liturgia e o serviço da Palavra de Deus, explicou o diácono Marcelo Macedo do Nascimento.

Recordando os últimos acontecimentos dos Estados Unidos, onde prevalecem como prioridade os bens deste mundo, dom Orani lembrou a importância e o valor do diaconato permanente, tanto no campo social como na presença evangelizadora da Igreja, nos diversos âmbitos e também nas comunidades.

- Posso testemunhar, por minhas experiências, a riqueza da vida, da missão e do bem que o trabalho diaconal faz à Igreja. Peço a Deus que nos envie muitas vocações para que possamos incrementar ainda mais, com o diaconato permanente, a nossa missão evangelizadora nesta cidade repleta de desafios, afirmou o arcebispo.

Com 144 diáconos ordenados, a Arquidiocese do Rio tem um número expressivo de diáconos permanentes dentro do cenário nacional. O Brasil possui atualmente, de acordo com portal da Comissão Nacional dos Diáconos, 1.829 diáconos ordenados e 1.388 candidatos em formação.

No final da missa, foi lida a ata de eleição e a posse da atual diretoria da Comissão dos Diáconos Permanentes da Arquidiocese do Rio de Janeiro. O diácono Luis Carlos Neves Veloso foi reeleito, na Assembléia Geral do dia 2 de julho, com o novo presidente da Comissão dos Diáconos Permanentes, e o diácono Adahil Rodrigues de Moraes para a função de vice-presidente.

Os demais membros da diretoria foram confirmados nos cargos, para o mandato de dois anos. São eles: Melquisedec Ferreira - Secretário, José Antônio Gomes - Tesoureiro, e Marcos Gayoso - Relações Públicas.

São Lourenço - padroeiro dos diáconos

São Lourenço, padroeiro dos diáconos, viveu no século III, o primeiro dos sete diáconos a serviço da Igreja de Roma. Foi ordenado pelo papa Sisto II, de quem era grande amigo e colaborador.

Entre as diversas tarefas que lhe cabiam, administrava os bens eclesiásticos, cuidando das construções dos cemitérios, igrejas e da manutenção das obras assistenciais destinadas ao amparo dos pobres, órfãos, viúvas e doentes. Era também encarregado da distribuição das esmolas entre os pobres, que ele qualificava como "os verdadeiros tesouros da Igreja".

A partir do ano 257, o imperador romano Valeriano ordenou uma feroz perseguição contra os cristãos, o que levou muitos à morte, entre eles o papa Sisto II que foi executado junto com os outros seis diáconos. Conta a tradição que, pouco antes de morrer, o papa pediu a Lourenço que distribuísse aos pobres todos os seus pertences e os da Igreja também, pois temia que caíssem nas mãos dos pagãos.

Lourenço foi preso e levado à presença do governador romano, Cornélio Secularos, justamente para entregar todos os bens que a Igreja possuía. O diácono pediu um prazo de três dias, pois precisava fazer um balanço completo deles. Assim, rapidamente, distribuiu tudo aos pobres e, quanto aos livros e objetos sagrados, cuidou para que ficassem bem escondidos. Em seguida, reuniu um grupo de cegos, órfãos, mendigos, doentes e colocou-os na frente de Cornélio, dizendo: "Pronto, aqui estão os tesouros da Igreja."

Irritado, o governador mandou que o amarrassem sobre uma grelha, para ser assado vivo, lentamente. O suplício cruel não demoveu Lourenço de sua fé. Segundo uma narrativa de Santo Ambrósio, ele encontrou disposição e coragem para dizer ao seu carrasco: "Vira-me, que já estou bem assado deste lado."

O diácono Lourenço morreu no dia 10 de agosto de 258, rezando pela cidade de Roma. A população mostrou-se muito grata a ele, que foi chamado de "príncipe dos mártires", e dedicou-lhe 34 Igrejas, sendo a primeira no lugar do martírio.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Paróquia de Olaria vive um domingo de bençãos

- A cada dia, como um pequeno barco no meio do grande lago envolvido por perigosas ondas, somos surpreendidos por situações que querem nos desanimar. Mas temos a certeza de que, nessas ocasiões, o Senhor nos traquiliza, e nos diz: Coragem! Sou Eu, não tenham medo!

Essas palavras foram proferidas pelo arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta, ao presidir, na noite deste domingo, 7 de agosto, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Olaria.

A celebração foi marcada com a benção da nova casa das religiosas da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Bom Conselho, a benção do novo altar, a benção de dezenas de unidades da Cruz da Evangelização e o lançamento do brasão paroquial.

As palavras de acolhida foram feitas pelo padre João Jefferson Chagas, que está à frente da comunidade paroquial desde novembro do ano passado. Empenhado na continuação das obras da Matriz, também se preocupa com a formação espiritual e missionária do povo de Deus.

- Nosso pároco está realizando um trabalho muito bonito entre nós, dando espaço para que todos possam aprofundar na fé e servir melhor a Igreja de Cristo. Ele está colocando em prática o lema paroquial, ensinando a todos a importância de trabalhar em unidade, afirmou a coordenadora dos Coroinhas, Maria de Fátima da Costa Avelheda.

A celebração contou com a presença expressiva de religiosas da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Bom Conselho, de diversas casas espalhadas pela Arquidiocese do Rio. Servindo em muitas frentes de trabalho, as religiosas estão presentes na comunidade há 22 anos.

- Por meio do trabalho e do testemunho das irmãs, a comunidade foi abençoada, marcada pela presença de Nosso Senhor. Entre alegrias e dores, elas foram colaborando na edificação da comunidade. Peço à Mãe do Bom Conselho que essa presença se prolongue, fecundando corações para que eles se abram para a alegria de deixar-se encontrar pelo Cristo, afirmou o arcebispo de Niterói (RJ), dom Alano Maria Penna, prelado referencial da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Bom Conselho.

A celebração contou com a presença do Padre Vinícius Pessoa, predecessor do Padre João Jefferson, atuante atualmente na direção da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pavuna. Ainda os diáconos permanentes José Ferreira e Gilberto Lopes participaram.

Na homilia, refletindo sobre o Evangelho do dia, dom Orani lembrou que as provações e dificuldades representadas pela tempestade no lago que açoitavam o barco, nunca faltará, e não faltarão na história da Igreja.

- Basta saber ler os sinais dos tempos que estão ao nosso redor. A mensagem do Evangelho é clara: com Jesus o “vento cessou”. Somente em união com Ele que podemos lidar com os perigos e dificuldades, sem sermos esmagados, afirmou o arcebispo.

No final, padre João Jefferson explicou o sentido do brasão paroquial, composto da cruz processional, o coração, a árvore, e a nau.

- O coração representa o Sagrado Coração de Maria, padroeira da paróquia. A árvore e a nau simbolizam a presença e o trabalho das religiosas na comunidade: primeiro as Irmãs Dorotéias, agora as Irmãs do Bom Conselho. O lema paroquial, inspirado em uma carta apostólica do Papa João Paulo II, convida todos para a unidade: “Um só coração, uma só alma” (Cor unum et anima uma), explicou o pároco.

sábado, 6 de agosto de 2011

Na festa da Transfiguração, Igreja do Rio ganha mais 11 presbíteros

A Igreja, que pede operários para a messe de Cristo, se reuniu para agradecer a Deus pelos 11 novos presbíteros ordenados neste sábado, 6 de agosto, na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro.


No silêncio das preces, durante as orações e nos louvores, a graça de Deus transbordou e envolveu os presentes.

- O Senhor continua a chamar os seus escolhidos do meio do povo, para que eles entreguem a vida com o coração indiviso. E por esse dom, que é a ação de Deus, um hino de louvor deve sair do nosso coração. Devemos continuar a rezar e a pedir ao "Senhor da messe que envie novos operários". E que a nossa vida missionária cresça ainda mais, incentivou o arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta, que presidiu a celebração eucaristica.

A celebração, transmitida pela Web TV Redentor e pela Rádio Catedral, foi concelebrada pelos bispos auxiliares: dom Antonio Augusto Dias Duarte, dom Pedro Cunha e dom Nelson Francelino, pelo bispo emérito dom Assis Lopes e pelos vigários episcopais. Estiveram presentes também inúmeros sacerdotes, diáconos e seminaristas, além de parentes e amigos dos novos padres.

“Eis o meu filho, muito amado, escutai-o”. (Mt 17,5)

- A celebração de hoje nos lembra que, em nosso ministério, teremos sempre os momentos de “Tabor”, ou seja, de carinho de Deus, que geram alegria ao coração para nos animar e fortalecer na caminhada. São esses momentos de grande felicidade que nos impulsionam a passar pela cruz com fé e coragem. É preciso crer no Senhor e testemunhar com alegria a luz e a vida que encontramos em Cristo. Não tenham medo, afirmou dom Orani.

Durante a santa liturgia, os presbíteros, acolhidos e confirmados pela Igreja de Cristo, também foram motivados pelo arcebispo a permanecerem prostrados aos pés do Senhor, para que possam proclamar a verdade do Evangelho e santificar o povo através dos sacramentos.

- É uma alegria muito grande saber que Deus, que nos chamou e confirmou a nossa vocação, vai dar continuidade a obra de Nosso Senhor através da nossa vida. O sacerdócio não é nosso, é de Jesus Cristo, somos apenas seus colaboradores. Peço as orações do povo de Deus, para que possamos ser fiéis ao ministério, disse o padre Antonio José dos Santos.

Confira, abaixo, os nomes e as paróquias de origem dos padres ordenados:

Padre André Zhao Delei – Paróquia São José (China)

Padre Antonio José dos Santos – Paróquia São Marcos, Barra da Tijuca

Padre Arisio Moreira Taylor Junior – Paróquia São José, Magalhães Bastos

Padre Cláudio Antonio Soares – Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe – Complexo do Alemão, Inhaúma

Padre Diogo Rodrigues Oliveira – Paróquia São Benedito, Pilares

Padre Pedro Li Tiangang – Paróquia São José (China)

Padre Roberto dos Santos Pereira – Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, Rocinha

Padre Rogério Costa Félix – Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, Rocinha

Padre Thiago de Carvalho Humelino – Paróquia São Sebastião, Deodoro

Padre Walter Vieira Neto – Paróquia São Pedro de Alcântara - Igreja Nossa Senhora da Paz, São Gonçalo/ RJ

Padre Wellington Gusmão Mendes – Paróquia da Ressurreição, Copacabana

Dom Sérgio toma posse e convoca Igreja de Brasília a ser discípula-missionária

"Precisamos ser discípulos-missionários que sobem ao monte para orar, para contemplar o rosto de Cristo transfigurado; precisamos escutar a voz do Filho amado. Essas são atitudes fundamentais para o arcebispo que chega e para as ovelhas que caminharão com ele a partir de agora”.

Foi com estas palavras que tomou posse da arquidiocese de Brasília (DF) na manhã deste sábado, 6 de agosto, o novo arcebispo, dom Sérgio da Rocha. Ele sucede a dom João Braz de Aviz que, em janeiro, foi nomeado prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, em Roma.

A cerimônia de posse que lotou a catedral Nossa Senhora Aparecida, contou com a presença do núncio apostólico, dom Lorenzo Baldisseri, que passou o báculo ao novo arcebispo após a leitura da bula de nomeação; do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal dom Raymundo Damasceno Assis; do secretário geral, dom Leonardo Ulrich Steiner; e de tantos outros cardeais, arcebispos, bispos, padres, religiosos, autoridades da sociedade civil e a comunidade católica arquidiocesana de Brasília.

O Regional Nordeste 4 da CNBB (Piauí), de modo especial a arquidiocese de Teresina, da qual dom Sérgio foi arcebispo nos últimos quatro anos, participou do evento com cerca de 50 sacerdotes, vários bispos e caravanas de fiéis. Também marcou presença o Regional Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás e Tocantins), além da diocese de São Carlos (SP), origem de dom Sérgio. Autoridades como o governador do Distrito Federal, Agnelo dos Santos Queiroz, e o vice-governador Tadeu Filippelli, também participaram da cerimônia.

Durante sua homilia, dom Sérgio desenvolveu sua reflexão à luz do Evangelho de hoje (Mt 17,1-9). Destacou que o centro da celebração de posse não era ele, mas sim o “Cristo transfigurado”. “É para ele e por ele que estamos reunidos aqui hoje”, sublinhou. Sobre o trecho da leitura, dom Sérgio disse que “a graça de Deus precede a subida dos discípulos. A graça da acolhida do Senhor os levou a caminhar para o alto”, disse.

Ainda com base no Evangelho do dia, dom Sérgio chamou a atenção para que a Igreja de Brasília não se esqueça “da transfiguração de Jesus” para não se instalar comodamente sobre o monte. “Para sermos uma Igreja cada vez mais fraterna, precisamos fazer tudo na caridade. Omnia in caritate, façam a caridade como propôs São Paulo aos Coríntios”, disse ele citando seu lema episcopal.

Dom Sérgio também chamou a atenção para que a Igreja de Brasília tenha a dimensão missionária sempre presente nas suas ações. Para isso, destacou o papel das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) e do Documento de Aparecida (DAp) para que a Igreja nunca se acomode em si mesma.

“Queridos irmão e irmãs, vivemos um tempo privilegiado, especial de renovação missionária da Igreja animada pelo espírito de Deus, motivada especialmente pelo santo padre, pela Conferência de Aparecida, pelas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). Nós queremos ser igreja missionária conforme afirma o Documento de Aparecida: ‘Não podemos ficar tranquilos à espera passiva em nossos templos, mas é urgente ir a todas as direções, necessitamos sair ao encontro das pessoas’, nas comunidades, para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Jesus. O mandato de Jesus missionário continua a ecoar e se renova na vida desta Igreja de Brasília’”, exortou.