quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dom Orani completa 37 anos de um pastoreio Integral

Na manhã desta quarta-feira, 7 de dezembro, bispos auxiliares da Arquidiocese do Rio de Janeiro, sacerdotes, diáconos, seminaristas, religiosas e fiéis se reuniram juntamente com o arcebispo, Dom Orani João Tempesta, para render graças pelos seus 37 anos de ordenação sacerdotal.

A Missa, que foi realizada na Igreja de São Pedro, no Rio Comprido, foi transmitida ao vivo para todo o mundo pela WebTV Redentor.

Ao comemorar essa data especial e inspirado pelo Evangelho de Mateus 11, 28-30, no qual Jesus diz que seu jugo é suave e o seu fardo é leve, o Arcebispo ressaltou que somos enviados em nome de Cristo para levar vida. Dom Orani afirmou ainda que louva e agradece a Deus por ver tantas pessoas comprometidas com essa missão de testemunhar, servir bem e fazer o melhor pela Igreja.

— Peço a Deus por todas as nossas vocações, para que possam, com entusiasmo, continuar essa nossa vocação e missão, servindo com alegria e levando as pessoas a esse encontro com Cristo, disse Dom Orani.

Ordenado em São José do Rio Pardo, Dom Orani celebrou 25 anos de sacerdócio quando era bispo de São José do Rio Preto, 30 anos enquanto arcebispo de Belém, e hoje – 7 de dezembro – celebra 37 anos de sacerdócio como arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Com seu lema episcopal: “Ut omnes unum sint” (Para que todos sejam um), Dom Orani é lembrado por todos como o Bom Pastor, que carrega sobre si, partilhando com Jesus — o Bom Pastor por excelência — todos os pesos de seu episcopado pela busca da salvação de muitos, confirmando assim a integralidade do seu pastoreio.

— Nós estamos celebrando 37 anos de sacerdócio de nosso arcebispo, e é um momento de graça e ação de graças para a nossa Arquidiocese. Graça porque Dom Orani é verdadeiramente um pastor, é um homem que assumiu de fato o seguimento de Jesus Cristo, assumiu de fato o pastoreio de Jesus Cristo. É um homem incansável na sua doação, que corre a nossa amada Arquidiocese de canto a canto, que desgasta a sua vida na causa de Jesus Cristo, na doação pela sua Igreja e pelo seu Reino. Então, para nós, celebrar 37 anos da Ordenação Sacerdotal do nosso pastor é uma grande alegria, é uma grande ação de graças, porque ele desgasta a sua vida em beneficio do seu povo, a exemplo daquilo que fez Jesus Cristo, afirmou o bispo auxiliar Dom Paulo Cezar Costa.

— Gostaria muito de destacar esse dia de Ordenação Sacerdotal do nosso Arcebispo, sobretudo pela missão e pela figura que ele representa, tentando cada vez mais ser essa expressão integral de um verdadeiro sacerdote de diálogo, de partilha, de simplicidade, de humildade. Creio que Dom Orani, com a sua figura de pastor, acaba sendo um ícone, uma escola para toda essa nova geração de sacerdotes; e creio que é o sacerdócio do Cristo, na imagem do bom e eterno pastor, que inspira em muitas atitudes o nosso presbitério. Baseado nisso, a gente parabeniza Dom Orani e parabeniza sobretudo a Igreja no Rio de Janeiro, que tem lidado com muito carinho para com o seu pastor, disse o bispo auxiliar Dom Nelson Francelino Ferreira.

— É com muita alegria que a nossa Arquidiocese do Rio de Janeiro está celebrando neste dia os 37 anos de Ordenação Sacerdotal do nosso querido pastor, Dom Orani João Tempesta. Quero apresentar a ele os nossos mais sinceros votos de um fecundo pastoreio aqui na nossa cidade e dizer também que ele pode contar com a nossa colaboração, pois estamos aqui unidos a ele para servir à Igreja no Rio de Janeiro, destacou o vigário episcopal do Vicariato Urbano, padre José Laudares.

— Celebrar o aniversário sacerdotal é sempre mais entender o que Cristo faz em nós. Dom Orani tem sido um pastor incrível em nossa Arquidiocese e eu tenho certeza que Jesus, através do Espírito Santo, tem agido nele como pastor. Nós percebemos que as ovelhas de todo o Rio de Janeiro têm se sentido acolhidas e é por isso que nós, hoje, nesta bela Missa, celebrada pela manhã, percebemos o quão importante é agradecer e louvar a Deus, e também parabenizá-lo pelo ótimo trabalho que ele tem feito. Dom Orani realmente é um senhor pastor para toda a nossa Arquidiocese, ressaltou o diácono Leandro Lenin.

Ao final da Celebração Eucarística, o coral do Seminário São José cantou algumas canções para homenagear Dom Orani. Logo após, sacerdotes, diáconos e seminaristas participaram de um almoço de confraternização com o arcebispo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Depois de 27 anos servindo no Brasil, Dom Filippo é nomeado arcebispo de Taranto, na Itália

O Papa Bento XVI nomeou nesta segunda-feira, 21 de novembro, Dom Filippo Santoro, como arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Taranto, na Itália, substituindo assim Dom Benigno Luigi Papa. A posse de Dom Filippo em Taranto está marcada para o dia 5 de janeiro, no entanto, ele fica na Diocese de Petrópolis até o dia 1º de janeiro como administrador apostólico, informou a diocese de Petrópolis.

Simultaneamente à nota de hoje do Vatican Information Service, Dom Filippo Santoro fez o comunicado oficial em reunião realizada na manhã de hoje (21 de novembro), no salão da Catedral de Petrópolis, com a presença de vários padres e leigos da Diocese.

Dom Santoro nasceu em Bari - Carbonara, Itália, em 12 de julho de 1948. Foi ordenado Sacerdote Diocesano na Arquidiocese de Bari em 20 de maio de 1972, e foi convidado por Dom Eugênio Sales para implementar o movimento Comunhão e Libertação, fundado por Luigi Giussani em 1954, na Arquidiocese do Rio de Janeiro em 1984, sendo ordenado bispo auxiliar da mesma ao 29 de junho de 1996. Mais tarde o beato João Paulo II o nomeou Bispo de Petrópolis no dia 12 de maio de 2004 e tomou posse em 11 de julho do mesmo ano.

Entre os cargos que exerceu durante seus 15 anos como bispo no Brasil foi Grão-Chanceler da Universidade Católica de Petrópolis, membro do Conselho Permanente da CNBB e membro da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da mesma. Trabalhou também na Pastoral da Educação do Regional Leste 1 da CNBB, que corresponde ao Estado de Rio de Janeiro, onde recentemente foi aprovado ensino religioso para as escolas públicas.

Segundo informou também a diocese de Petrópolis em seu comunicado, Dom Filippo Santoro afirmou que recebeu com obediência e espírito de fé a nomeação do Santo Padre para a Arquidiocese de Taranto consciente de uma nova etapa que se abre em sua vida.

Ele afirma que desde a sua chegada na Diocese foi recebido com grande alegria pelos padres, religiosos e religiosas, fiéis leigos e as autoridades públicas. “Conhecendo as pessoas e trabalhando com elas, cresceu a estima e a amizade e o compromisso comum para o bem da Igreja e do nosso povo. Em todas as minhas atividades me moveu o desejo de comunicar a beleza de Cristo que, vivo entre nós, transforma a vida”, expressou também Dom Filippo.

Dom Filippo Santoro agradeceu a colaboração de todos, ressaltando o apoio que recebeu dos padres “que permitiu desenvolver um projeto unitário e incentivar o espírito missionário desejado pela V Conferência do Episcopado Latino-americano de Aparecida”.

“Sem a colaboração de todos isso não seria possível”, ressaltou.

Ele falou ainda de seu empenho para recuperação da Universidade Católica de Petrópolis, que quando chegou a Diocese estava sujeita a intervenção pública “e que agora esta em pleno crescimento”.

Em seu comunicado, Dom Filippo Santoro lembrou a tragédia de 12 janeiro deste ano, quando mais de 900 pessoas perderam a vida na Região Serrana, atingindo quatro municípios que forma a Diocese, lembrando que deste o primeiro momento colocou toda a estrutura da Igreja para atender as vítimas em colaboração com as autoridades públicas.

Após o comunicado oficial, diversos padres e leigos agradeceram a Dom Filippo pelo trabalho realizado na Diocese nestes sete anos à frente da diocese. O Vigário Geral da Diocese, Monsenhor Paulo Daher afirmou que toda Diocese continuará rezando por ele ao assumir esta nova missão em sua vida.

Para o governo da diocese de Taranto (com uma extensão de 1,056Km2 e uma população de 405,542 católicos) Dom Filippo contará com 236 sacerdotes, 16 diáconos permanentes e 384 religiosos.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dom Orani inaugura Centro de Evangelização na Igreja de Sant´Ana

Na manhã deste domingo, 13 de novembro, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, presidiu a missa de abertura da Semana de Cristo Rei, no Santuário Nacional de Adoração Perpétua, na Igreja de Sant´Ana, no Centro. A celebração eucarística também marcou o início das atividades do Centro de Evangelização Sant´Ana – Missão Coração Adorador na Arquidiocese. Concelebraram membros do clero local e autoridades políticas estiveram presentes.

O vigário episcopal do Vicariato Urbano, padre José Laudares de Ávila, ao dar as boas vindas ao arcebispo, aos demais membros do clero presentes e à assembléia, certo de que as atividades que serão desenvolvidas conscientizarão as pessoas sobre a importância e valor da adoração, expressou sua alegria pela inauguração do Centro — que visa à evangelização, formação doutrinária, promoção e formação Humana e, pretende, de modo particular, ser um centro de comunicação católica referência na criação, produção, execução, divulgação e difusão de conteúdo de comunicação cristã em todos os modernos meios disponíveis:

— Queremos revitalizar a obra de adoração. Que ela volte a ter o mesmo entusiasmo dos primeiros anos, desejou.

Durante a homilia, Dom Orani explicou a que a Semana de Cristo Rei, que exalta o final do calendário litúrgico na expectativa do advento do natal, ensina que tudo deve convergir para que Jesus reine sobre a humanidade e destacou que espera que o novo centro de evangelização, ao levar à frente sua missão, com a sua preocupação com a formação, ajude a despertar as consciências para o amor de Deus. Para o Arcebispo, ajudar a revitalizar o Santuário é uma ocasião privilegiada para motivar as pessoas a um autêntico testemunho de fé para a sociedade.

— O Senhor confiou a nós que o Reino fosse anunciado. Essa é a nossa responsabilidade. Que, neste século de crise de fé, nós vivamos essa fé. Por isso, revitalizar esse Santuário é também multiplicar os talentos a nós confiados, lembrou.

O arcebispo também anunciou que, a partir desta Semana de Cristo Rei, em atenção à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá na cidade em 2013, neste local de adoração, os jovens se reunirão uma vez por mês em intercessão pelo evento que os reunirá com o Papa:

— Estamos inaugurando também a adoração da juventude. A partir deste mês, em intenção à JMJ, em toda segunda sexta-feira do mês os jovens se reunirão para adorar o Senhor. Se o Senhor confiou a nós essa JMJ é, por um lado, porque ele tem visto que há pessoas aqui que têm multiplicado talentos. E, por outro lado, esta também é uma ocasião para que muitas outras acordem para fazer o mesmo, explicou Dom Orani.

Ao término da missa, Dom Orani deu uma benção de envio aos missionários da Coração Adorador e, em seguida, fez a inauguração solene do Centro de Evangelização Sant´Ana, na presença de seus fundadores, Márcio e Vanessa Pacheco e Fabiano e Michele Machado, e de autoridades políticas.

— Eu considero este Centro de Evangelização um grande presente de Deus para a Paróquia de Sant´Ana e sobretudo para o Santuário Nacional de Adoração Perpétua, porque, depois de 85 anos, é bom a gente fazer algo para renovar e chamar a atenção para esta grande obra da adoração perpétua, que é manter Jesus sacramentado solenemente exposto 24h por dia, na presença de adoradores; então, o Centro de Evangelização vai enriquecer muito a nossa sociedade porque, além de oferecer esse espaço para a oração, para a evangelização, deseja ser também um grande centro de formação eucarística — o que era o grande propósito de São Pedro Julião Eymard: viver e revelar o mistério da eucaristia para o mundo. Então, quanto mais as pessoas conhecerem a eucaristia, mais se apaixonarão, destacou padre José Laudares.

A Semana de Cristo Rei apresentará diversas atividades até o próximo domingo, dia 20 de novembro. Confira a programação e tenha acesso a mais informações pelo site www.SCR2011.com.br .

Texto: Nice Affonso
Foto: Gustavo de Oliveira

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Bento XVI cria a Diocese de Óbidos, no Pará

A Igreja Católica no Brasil tem uma nova diocese. O Papa Bento XVI anunciou nesta quarta-feira, 9 de novembro, a elevação da Prelazia de Óbidos, no Estado do Pará, à categoria de diocese e a nomeação do seu primeiro bispo, de origem alemã, Dom frei Bernardo Johannes Bahlmann, OFM.

A festa da elevação acontecerá nos dias 21 e 22 de janeiro do próximo ano, com a presença do núncio apostólico do Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, na sede da nova diocese. Nesta ocasião, o núncio também vai inaugurar o Centro de Juventude São Francisco, onde funciona o Projeto Cultura pela Paz e a Fazenda da Esperança.

"O povo é muito religioso e ficou muito feliz com o anúncio do papa. Estou muito feliz à frente do meu rebanho e mais ainda por fazer parte desta história", disse Dom Bernardo, que foi nomeado bispo para Óbidos em 2009.

Segundo Dom Bernardo, há trinta anos já se queria elevar a prelazia à categoria de diocese, pois ela já contava com as estruturas para isso.

“Atualmente existem 13 prelazias no Brasil”, explica o bispo franciscano, lembrando que quando foi criada a prelazia, ela foi confiada à Ordem dos Frades Menores, através da Província Franciscana de Santo Antônio, com sede no Recife (PE). “Os franciscanos já estavam aqui em várias paróquias na região de Óbidos e a criação da prelazia foi entregue à Ordem Franciscana”, disse.

Pertencente ao Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Óbidos era uma prelazia territorial criada em 10 de abril de 1957 pelo Papa Pio XII, através da bula Territorialis Praelatura Obidensis, desmembrando da então Prelazia de Santarém, sendo sufragânea da Arquidiocese de Belém do Pará. Foi confiada pela Santa Sé aos cuidados da Ordem dos Frades Menores. A Catedral é dedicada a Sant’Ana.

Situada ao noroeste do Estado do Pará, tem como limites: A Prelazia está localizada na Região Oeste do Pará, fazendo limite territorial com a Guiana Inglesa, Suriname, Roraima (RR) e Amazonas. Limita-se com as áreas diocesanas de Santarém, Roraima (RR), Parintins (AM) e Itacoatiara (AM).

A nova diocese conta com 250 mil habitantes, dos quais 80 % confessam a religião católica. O território da diocese tem mais de 180 mil quilômetros quadrados, organizado em sete paróquias, e fica na Região Oeste do Estado do Pará, no Rio Amazonas. As paróquias estão situadas nos municípios de Óbidos, Alenquer, Curuá, Oriximiná, Terra Santa, Faro e Juruti – que atendem em torno de 600 comunidades. A Diocese de Juiz de Fora (MG) é sua diocese-irmã.

Neste vasto território, 22 padres - seis diocesanos incardinados, quatro padres Fidei-Donum de Juiz de Fora e da Alemanha, três franciscanos e nove missionários do Verbo Divino - e 18 religiosas franciscanas de três Congregações, além de 8 seminaristas -, garantem esta grande obra evangelizadora, conforme o lema da nova diocese: “Uma Diocese Missionária no coração da Amazônia”.

Segundo Dom Bernardo, os desafios aumentam à medida que a população cresce. "A prelazia busca responder aos problemas atuais com coragem e dinamismo dando uma resposta concreta a cada problemática, como a criação do Projeto Cultura pela paz para tirar os jovens que vivem em situação de risco e a vinda da Fazenda da Esperança para ajudar na recuperação de dependentes químicos", observa o bispo franciscano.

Desde sua fundação, a prelazia teve uma vasta atividade pastoral, e atualmente trabalha novos projetos e formas de evangelização nas seguintes pastorais: vocacional, familiar, social, comunicação, criança e juventude. Mas o grande desafio, segundo o bispo, é promover o crescimento vocacional na prelazia, para que aumente o número dos padres nativos.


Bispo de Óbidos

Religioso da Ordem dos Frades Menores, Dom Bernardo Johannes Bahlmann nasceu em 10 de dezembro de 1960, em Visbek – Munster, na Alemanha. Na mesma cidade, foi ordenado presbítero em 12 de julho de 1997, onde também foi sagrado bispo em 9 de maio de 2009. A posse em Óbidos, como quarto prelado, sucedendo a Dom Frei Martinho Lammers, no cargo desde 1976, ocorreu em 23 de maio de 2009.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Dom Orani abre festa da Penha 2011

Na manhã deste domingo, 2 de outubro, o arcebispo Dom Orani João Tempesta abriu solenemente a festa de Nossa Senhora da Penha, uma das devoções marianas mais antigas e queridas na Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Construído no alto de um penhasco, na Zona Norte da cidade, o Santuário Nossa Senhora da Penha mantém a tradição de um local sagrado, de peregrinação. Ainda hoje, à semelhança do fazendeiro que foi salvo do ataque de uma serpente, dando origem à devoção, os fiéis procuram o Santuário para agradecer ou pedir a proteção da Mãe de Deus.

- Este santuário, a Casa da Mãe, marca a vida da cidade e também de cada um de nós. Estamos aqui hoje para pedir a Deus, por intercessão de Maria, sob o título de Nossa Senhora da Penha, que Ele nos livre de todos os venenos e males e nos socorra em nossas necessidades, disse o arcebispo.

Transmitida pela Rádio Catedral, a celebração contou com a presença de 800 pessoas. Com a igreja lotada, muitos fiéis acompanharam a celebração do lado de fora. Paralelamente, na sacristia do Santuário, estava sendo realizado o batizado de muitas crianças.

- É a primeira vez que venho participar da festa. Antes, só acompanhava pelo rádio ou pela TV. Muito emocionada com a festividade, senti muita paz com a entrada da imagem de Nossa Senhora com seu novo manto. Aqui é casa da Mãe, mas ela também mora em nossos corações, disse Rosana de Jesus Souza Custódio, da Paróquia Coração Eucarístico de Jesus, do bairro Santíssimo.

Antes da celebração, no espaço externo do Santuário, Dom Orani foi acolhido pelo Reitor, Padre Serafim de Sousa Fernandes, ao som da Banda Marcial do Colégio Nossa Senhora da Penha. Na procissão de entrada, carregada pelos “cavalheiros” e cortejado por “damas”, estava o andor da imagem da padroeira, ornada com um manto novo, na cor azul. Nas costas do manto, em bordado, a palavra: “Paz”.

- Estou muito feliz por ser convidada a participar do projeto do manto de Nossa Senhora da Penha. A motivação do manto foi a paz, inspirada em uma moldura da Basílica Santuário de Nazaré, de Belém. A palavra tem uma significação muito simples, mais profunda: "Se os corações estiverem unidos, ligados entre si e com Maria a Mãe de Jesus a paz sonhada pode existir", disse a estilista e pesquisadora Mizar Bonna, de Belém do Pará, que por muitos anos fez o manto da Padroeira da Amazônia.

Comentando a inscrição do manto, Dom Orani recordou o compromisso com a paz, lembrando que ela vem de Deus, mas que supõe presença e responsabilidade de cada cristão.

- Assim como Maria, que trouxe em seu seio o Príncipe da Paz, nossos corações devem ser permeados pela paz. Precisamos anunciar, testemunhar e trabalhar para que as pessoas possam viver com respeito e dignidade, afirmou.

Na homilia, Dom Orani refletiu as leituras litúrgicas do 27º Domingo do Tempo Comum, utilizando a imagem da "Vinha de Deus".

- Diante dos venenos e dos males do mundo, o que Deus espera de nós como Vinha e povo escolhido? Ele nos convida a produzir frutos de vida eterna, de paz e fraternidade. Como fermento na massa, a semear o bem no modo de pensar, ser e conviver, para que a sociedade seja melhor, afirmou.

Na conclusão da celebração, ao meio dia, Dom Orani rezou a Oração do Ângelus, abençoando os fiéis com a aspersão de água. Também abençoou o grupo das “damas” e dos “cavalheiros”, o atual e o novo, responsáveis pela elaboração da festa anual da padroeira.

- A cada festa, venho aqui pedir a proteção de Maria e receber as bênçãos que ela traz. Ela é a nossa mãe querida, expressão da bondade de Deus, modelo que devemos seguir, disse Maria Alzira Jesus Moraes Monteiro, catequista do próprio Santuário.

A festa de Nossa Senhora da Penha 2011, a 376º edição, está bem diversificada. Faz parte da programação, a ser realizada durante o mês de outubro, entre muitas celebrações, a peregrinação dos motociclistas, a romaria da Bíblia, o festival do folclore português, o encontro de corais e o mutirão de pintura. Ainda, um show de evangelização: “Corações unidos pela paz”, aos cuidados da Comunidade Coração Novo.

A novena preparatória foi encerrada no sábado, dia 1º de outubro, com a lavagem da escadaria, às 15, seguida da caminhada Jovem e procissão luminosa. A celebração foi presidida pelo padre Gilvan André da Silva, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, da Ilha do Governador.

A novidade da festa deste ano é o apoio que o Santuário está dando a campanha “Onda Rosa” de conscientização sobre o câncer de mama, lançado pela Fundação Laço Rosa. A partir de terça-feira, 4 de outubro, até o final do mês, o Santuário ficará iluminado com a cor rosa.

Veja fotos da celebração - (Carlos Moioli)
http://www.flickr.com/photos/56185212@N06/sets/72157627685123499/

domingo, 14 de agosto de 2011

Dom Orani abre Semana da Família na Arquidiocese do Rio

Os novos presbíteros da Arquidiocese do Rio de Janeiro, ordenados no último dia 6 de agosto, voltaram ao Seminário São José para agradecer a todos aqueles que os ajudaram a alcançar a graça do sacerdócio.

A celebração eucaristica, presidida pelo arcebispo dom Orani João Tempesta foi realizada neste sábado, 13 de agosto, na Igreja da Irmandade de São Pedro, no Rio Comprido. Entre os concelebrantes, os neo-presbíteros, o reitor do Seminário, cônego Roque Costa Souza e os presbíteros integrantes da equipe formadora.

O arcebispo abriu em esfera arquidiocesana a Semana Nacional da Família, que acontecerá de 14 a 20 de agosto, com o tema: "Família, Pessoa e Sociedade". A reflexão sobre a importância da vocação familiar também prepara os fiéis para o Encontro Mundial das Famílias, que será realizado de 30 de maio a 3 de junho de 2012, em Milão, na Itália, e terá como tema: “Família, Trabalho e Festa”.

- É uma ocasião importante para manifestar nossas convicções sobre a importância da família por onde passa o “futuro da humanidade” assim como o nosso compromisso do testemunho cristão familiar num tempo de mudanças e transformações, afirmou.

Com um número expresivo de integrantes da OVS (Obra das Vocações Sacerdotais), a celebração foi ainda marcada com as nomeações dos neo-presbíteros.

- Também coloco como intenção desta missa, a Jornada Mundial da Juventude, pelos vários jovens que já estão em Madri na pré-Jornada e pelos que ainda chegarão para o encontro com Cristo, junto com o Papa Bento XVI. Nós nos unimos a eles e pedimos que, “firmes e enraizados em Cristo”, possam transformar o mundo, através da vida cristã, sendo “fermento no meio da massa”. Rezamos para que aqueles que foram designados para viver esse momento sejam os representantes dos demais jovens que aqui vão permanecer, motivou dom Orani, na saudação inicial da celebração.

O arcebispo também reforçou o convite para que os jovens, que não poderão viajar para Madri, participem da vigília que acontecerá no próximo sábado, dia 20 de agosto, a partir das 22h, no Maracanãzinho.


“Dependência e confiança em Deus vão guardar nosso pastoreio”

- “Guardai-me ó Deus, porque em vos me refugio, meu destino está seguro em suas mãos” (Sl 15), assim começou a homilia ministrada pelo padre Antônio José dos Santos. O presbítero, recém ordenado, reforçou a importância de aprender a depender mais de Deus, como as crianças, citando o Evangelho do dia (Mateus 19, 13-15).

- Nossa meta é o céu e, na liturgia de hoje, Jesus nos ensina que o céu pertence aos que, como as crianças, têm um olhar limpo e um coração sem complicações. A dependência e confiança em Deus foram as duas colunas que sustentaram a nossa vocação, durante os oitos anos de formação no Seminário. E são elas que devem guardar o pastoreio que teremos pela frente.

A importância de servir somente a Deus e não adorar a falsos deuses, destacada na leitura do Livro de Josué (24, 14-29), foi reforçada pelo padre Antônio como sendo a prática devida do povo escolhido. Segundo ele, para alcançar o Céu é preciso servir e obedecer verdadeiramente ao Senhor.

- Servir ao Senhor significa não ter o coração dividido. Não podemos amar ao Deus único e a outros deuses, isto é, às paixões que nos aprisionam, alertou o presbítero.

Padre Antônio José também reconheceu o empenho e o precioso auxílio prestado pelos benfeitores do Seminário, para que o “querer de Deus fosse realizado” na vida deles.

- Nós recebemos uma missão que deve ser vivida em benefício do povo de Deus. Olhando para a nossa história e, principalmente, pelo surgimento da nossa vocação sacerdotal, também podemos dizer: “Foi Deus quem realizou esses grandes prodígios diante de nossos olhos, e nos guardou por todos os caminhos por onde peregrinamos e no meio de todos os povos pelos quais passamos”. Pedimos que continuem orando por nós, para que sejamos fiéis a Deus e, um dia, também nos encontremos em nossa “Terra Prometida” que é o Reino dos Céus.

No final da ação de graças, realizada tradicionalmente uma semana após as ordenações, dom Orani abençoou as medalhas dos novos membros da OVS (Obra das Vocações Sacerdotais), que foram entregues aos integrantes pelos padres recém ordenados.


Confira as novas funções e para onde foram designados os novos padres:

Padre André Zhao Delei – Vigário Paroquial na Paróquia Santa Clara,em Guaratiba.

Padre Antonio José dos Santos – Vigário Paroquial na Paróquia São João Batista, na Vila São João, em Campo Grande.

Padre Arisio Moreira Taylor Junior - Vigário Paroquial na Paróquia Santa Rosa de Lima, em Jardim América.

Padre Cláudio Antonio Soares – Vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, em Senador Camará.

Padre Diogo Rodrigues Oliveira – Vigário Paroquial na Paróquia Cristo Operário e Santo Cura d’Ars, em Vila Kennedy.

Padre Pedro Li Tiangang – Vigário Paroquial na Paróquia na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Grajaú.

Padre Roberto dos Santos Pereira – Vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Laranjeiras.

Padre Rogério Costa Félix – Administrador Paroquial da Paróquia São Judas Tadeu, em Senador Vasconcelos.

Padre Thiago de Carvalho Humelino – Vigário Paroquial na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Pedra de Guaratiba.

Padre Walter Vieira Neto – Vigário Paroquial na Paróquia São Brás, em Madureira.

Padre Wellington Gusmão Mendes – Vigário Paroquial na Paróquia Ressurreição, em Copacabana.

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Texto: Cláudia Brito
Foto: Carlos Moioli

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Diáconos do Rio de Janeiro celebram festa de São Lourenço

Os diáconos permanentes do Rio de Janeiro se reuniram na noite desta quarta-feira, 10 de agosto, para celebrar a festa do padroeiro, o diácono e mártir São Lourenço.

Presidida pelo arcebispo dom Orani João Tempesta, a celebração foi realizada na Paróquia São Lourenço, em Bangu. Para homenagear os diáconos permanentes e familiares presentes, os jovens da comunidade paroquial encenaram a vida do santo padroeiro. A Orquestra São Lourenço, composta por membros da comunidade, também fez uma apresentação.

Entre os concelebrantes, estavam o vigário episcopal do Vicariato Oeste, monsenhor Luiz Artur Marques de Barros Falcão, o pároco, padre Marcelo Batista de Araújo, e o diretor da Escola Diaconal Santo Efrém e coordenador da Comissão Arquidiocesana para o Diaconato Permanente, padre Jorge André Pimentel Gouvêa.

O Evangelho do dia, sobre a parábola da "semente que cai na terra, germina e dá frutos", foi proclamado pelo diácono permanente Faustino de Jesus Ferreira. Na homilia, dom Orani destacou a vida de São Lourenço, o diácono de coração aberto e generoso que não teve medo de entregar a sua vida por causa do Reino de Deus.

Os diáconos permanentes são homens casados que receberam o sacramento da Ordem, em seu primeiro grau. A eles compete administrar os sacramentos do Batismo e do Matrimônio, distribuir a Eucaristia e ministrar a bênção litúrgica com o Santíssimo Sacramento, presidir a celebração da Palavra de Deus, administrar os sacramentais, oficiar exéquias e dedicar-se ao serviço aos pobres. Os diáconos são membros do clero, que também pertencem à hierarquia da Igreja.

- O próprio termo diaconia já expressa que o diácono é aquele que serve e configura-se ao Cristo Servo que “não veio para ser servido, mas para servir”. O diaconato expressa-se em três dimensões: o serviço da caridade, o serviço da liturgia e o serviço da Palavra de Deus, explicou o diácono Marcelo Macedo do Nascimento.

Recordando os últimos acontecimentos dos Estados Unidos, onde prevalecem como prioridade os bens deste mundo, dom Orani lembrou a importância e o valor do diaconato permanente, tanto no campo social como na presença evangelizadora da Igreja, nos diversos âmbitos e também nas comunidades.

- Posso testemunhar, por minhas experiências, a riqueza da vida, da missão e do bem que o trabalho diaconal faz à Igreja. Peço a Deus que nos envie muitas vocações para que possamos incrementar ainda mais, com o diaconato permanente, a nossa missão evangelizadora nesta cidade repleta de desafios, afirmou o arcebispo.

Com 144 diáconos ordenados, a Arquidiocese do Rio tem um número expressivo de diáconos permanentes dentro do cenário nacional. O Brasil possui atualmente, de acordo com portal da Comissão Nacional dos Diáconos, 1.829 diáconos ordenados e 1.388 candidatos em formação.

No final da missa, foi lida a ata de eleição e a posse da atual diretoria da Comissão dos Diáconos Permanentes da Arquidiocese do Rio de Janeiro. O diácono Luis Carlos Neves Veloso foi reeleito, na Assembléia Geral do dia 2 de julho, com o novo presidente da Comissão dos Diáconos Permanentes, e o diácono Adahil Rodrigues de Moraes para a função de vice-presidente.

Os demais membros da diretoria foram confirmados nos cargos, para o mandato de dois anos. São eles: Melquisedec Ferreira - Secretário, José Antônio Gomes - Tesoureiro, e Marcos Gayoso - Relações Públicas.

São Lourenço - padroeiro dos diáconos

São Lourenço, padroeiro dos diáconos, viveu no século III, o primeiro dos sete diáconos a serviço da Igreja de Roma. Foi ordenado pelo papa Sisto II, de quem era grande amigo e colaborador.

Entre as diversas tarefas que lhe cabiam, administrava os bens eclesiásticos, cuidando das construções dos cemitérios, igrejas e da manutenção das obras assistenciais destinadas ao amparo dos pobres, órfãos, viúvas e doentes. Era também encarregado da distribuição das esmolas entre os pobres, que ele qualificava como "os verdadeiros tesouros da Igreja".

A partir do ano 257, o imperador romano Valeriano ordenou uma feroz perseguição contra os cristãos, o que levou muitos à morte, entre eles o papa Sisto II que foi executado junto com os outros seis diáconos. Conta a tradição que, pouco antes de morrer, o papa pediu a Lourenço que distribuísse aos pobres todos os seus pertences e os da Igreja também, pois temia que caíssem nas mãos dos pagãos.

Lourenço foi preso e levado à presença do governador romano, Cornélio Secularos, justamente para entregar todos os bens que a Igreja possuía. O diácono pediu um prazo de três dias, pois precisava fazer um balanço completo deles. Assim, rapidamente, distribuiu tudo aos pobres e, quanto aos livros e objetos sagrados, cuidou para que ficassem bem escondidos. Em seguida, reuniu um grupo de cegos, órfãos, mendigos, doentes e colocou-os na frente de Cornélio, dizendo: "Pronto, aqui estão os tesouros da Igreja."

Irritado, o governador mandou que o amarrassem sobre uma grelha, para ser assado vivo, lentamente. O suplício cruel não demoveu Lourenço de sua fé. Segundo uma narrativa de Santo Ambrósio, ele encontrou disposição e coragem para dizer ao seu carrasco: "Vira-me, que já estou bem assado deste lado."

O diácono Lourenço morreu no dia 10 de agosto de 258, rezando pela cidade de Roma. A população mostrou-se muito grata a ele, que foi chamado de "príncipe dos mártires", e dedicou-lhe 34 Igrejas, sendo a primeira no lugar do martírio.